“O Bom Ladrão”
Para
além de sermos homónimos, são muitas as vezes que me encontro com este outro
pequeno grande homem. Em comum o sermos baixinhos e a vontade de entrarmos
sempre em conversas sérias sobre temas muito sérios. Eu e o Pedro Górgia, para
além dos muitos amigos em comum, nunca recusamos uma boa discussão política,
económica ou outra sobre os temas recorrentes que envolvem os artistas. Assim,
pedalei pela estrada da luz à procura dele, no seu próprio bairro, onde guarda
memórias, família e amigos como só um bom homem pode. Depois de falarmos sobre
as vantagens e desvantagens de pedalar em Lisboa (Coisa que faço com cada vez
mais convicção e cada vez menos suor.), ele pediu um café e eu um chá verde
frio. Tivéssemos os dois pedido um copo de leite para cada, e este início de
conversa teria sido, para além de perfeito, épico.
Mas quem é este tipo?
O
Pedro Górgia tem 41 anos e nasceu em Luanda em 1973. É mais conhecido pelas
suas personagens cómicas em novelas da TVI, de onde se destaca o Miguel ângelo da novela Mundo Meu, onde diz que finalmente
aprendeu a controlar o tempo e a não ter medo das pausas com a câmara. Mas o
Pedro lutou muito para aqui chegar e é no Teatro de Carnide com o João Ricardo,
que o Pedro descobre este mundo onde se sente mais à vontade. O Pedro cria para
teatro, televisão e até para canais online sempre com a mesma convicção. Para
os que têm filhos, o Pedro é também a voz do canal Panda Biggs, estão a reparar agora, quem ele é?
Uma pergunta esotérica
O
Paulo Furtado, ou se preferirem, o Legendary
Tigerman deixou-me uma pergunta bem especial para o próximo convidado, que
na lotaria das disponibilidades calhou ser o Pedro: Houve algum momento na tua vida artística em que te sentisses pleno?
“Não, penso que não. Tive momentos em que me senti muito bem, orgulhoso do
trabalho que estava a fazer mas nunca estou satisfeito a 100%, nunca estou
pleno.” Mesmo num momento pontual, a
meio de um processo criativo? “Eu sou um eterno insatisfeito, ainda este
fim de semana estive a trabalhar para um canal da internet que vai abrir em
Setembro, num sketch cómico escrito por mim, e depois de gravar fiquei o resto
do dia a pensar no que tinha feito.” Mas
é isso que te move, não estares satisfeito? “Isso ajuda, é um bocado
cansativo, mas move-me e ajuda-me a melhorar, nunca estar satisfeito. Há dois
anos fiz um monólogo O Bom Ladrão e
eu acho que nunca me consegui sentir
pleno, apesar de artisticamente ficar muito satisfeito, nunca perdi o pânico de
entrar sozinho no palco. Foi uma tortura que infligi a mim próprio, antes e
durante era um pânico brutal. Apesar de achar que foi das melhores coisas que
já fiz, sinto que não consegui usufruir em pleno porque estava sempre em pânico.”
Não sentes, então, vontade de repetir a
experiência de um monólogo? “Não. Eu acho que foi bom, um desafio artístico
que ultrapassei, mas é um horror, é uma violência que não tem necessidade. O
teatro tem de ser algo em que te divirtas
e que te faça bem e que não seja uma tortura, e para mim aquele monólogo
era torturante.
A nossa primeira vez
Lembro-me
bem do Pedro Górgia, algures a meio dos anos 90, no Foyer do Teatro da Comuna a
falar-me de para onde estava a ir a sua vida, não sei se terá sido a nossa
primeira conversa séria, mas é a primeira das que me lembro. Nessa altura estudavas engenharia, não era?
“Engenharia mecânica no ISEL, incrível não é? Fiquei a seis cadeiras de
terminar. Depois de ter começado a fazer teatro ainda frequentava as aulas,
depois também comecei a fazer um curso de formação do fundo social europeu, por
isso só fingia que lá ia. Influência de família, a minha mãe trabalhava numa
grande empresa e essa era a referência de segurança na altura, era a realidade
que ela conhecia, não tinha a noção que eu tenho agora e que hei-de passar para
os meus filhos, que tudo é efémero. Entretanto essa grande empresa fechou e
deixou de existir. Tenho alguns amigos que fizeram o curso e estão
desempregados, é tudo relativo, as pessoas devem é fazer aquilo que lhes dá na
real gana e não terem medo.” Não achas
curioso que esta intermitência profissional recente é algo a que nós já
estávamos habituados, na nossa área? “Nós sempre tivemos instabilidade e
aprendemos a lidar com isso e a inventar ocupações e a criar o nosso próprio
trabalho, tem dias, mas aprendemos a lidar com isso.
O tio artista
O
Pedro nasceu em Luanda e descobriu já mais tarde na vida, que tinha tido um tio
actor em digressão por Angola com uma companhia cheia de estrelas da metrópole,
como Laura Alves, Canto e Castro e Ruy de Carvalho. “Ele nasceu em Angola e era
muito jovem quando a companhia da Laura Alves foi para lá. A digressão em
África era com duas peças e para pequenos papeis, faziam audições locais e o
meu tio ficou. O meu tio ficou com a companhia uns meses largos a fazer esses
pequenos papéis. Ele dizia que a Laura Alves era super carinhosa com ele e que
quase o apadrinhou, mas depois a companhia voltou para a metrópole e ele não
fez mais teatro. Apesar dele ter regressado a Portugal depois do 25 de Abril
nunca mais fez teatro, andou pelo mundo e a trabalhar em padarias pela
Venezuela, mas teatro nunca mais.” Mas esse
tio, foi uma referência para ti? “Não. Para ele era um assunto esquecido lá
no fundo da gaveta, tinha sido um episódio engraçado da vida dele mas sem
grande significado, não o significado que eu próprio dei quando, anos depois,
já eu actor soube da história. Até mostrei a foto, que o meu tio guardava, ao
Ruy de Carvalho, aproveitando a novela que fiz com ele, e ele apesar de não se
lembrar do meu tio achou super engraçado eu ter levado a foto.”
As escolas do Pedro
O
Pedro nasceu em Luanda, em Angola, passou por São Paulo no Brasil, chegando
depois a Portugal, para viver algures na Estrada da Luz. Como era a escola para ti, nessa altura? “Eu era super vítima de bullying na escola, não tinha nenhum
grupo de amigos na minha rua, esta zona era super difícil, tinha sotaque… vivi
em São Paulo, onde uma amiga da minha mãe me chegou a levar a um casting de
comida para cão, mas eu não me aguentei, o diretor de casting usou a mão para
fazer de cão e eu tinha de fazer festinhas na mão dele de dizer “Tá boa
comidinha, tá?”, mas quando ele fazia “Au! Au!”, eu escangalhava-me a rir. Aqui
era sempre um tipo que não me enquadrava, fazia muitas coisas extra-escolares,
fiz judo, e até banda desenhada. Depois aos dezoito, quando entrei na
faculdade, fui à Junta de Freguesia de Carnide onde perguntei por actividades
de ocupação de tempos livres e li sobre o curso de teatro que estava a ser
feito com o João Ricardo e o José Boavida. Para mim foi logo muito bom, porque
ainda melhor do que o curso e o estar a fazer teatro, era o grupo de pessoas
fantásticas, dinâmicas, empreendedoras, muito boa gente com quem pude conviver.
Passado pouco tempo comecei a trabalhar num grupo, a Fábrica de Peças, com o João Ricardo e o Miguel Barros, em que fazíamos
animações de rua, numa experiência artística e pessoal riquíssima. Fizemos a
abertura do Festival de BD da Amadora durante três anos, fizemos uma animação
no Pavilhão Atlântico, foram tempos fantásticos em que aprendi imenso. A seguir
fiz um curso profissional com a companhia Papa Léguas que me convidou para
trabalhar com eles logo a seguir, e uma coisa leva à outra.” Mas depois foste estudar Commedia
Dell’Arte? “Sim, eu sempre gostei muito de comédia e quando tive
oportunidade de ir a Saragoça, aproveitei para assistir a uma montagem dos “Enamorados”
de Goldoni, pelo Luigi Ottoni, que era do Picollo
de Milão, depois fiz um workshop de clown e aproveitei para ir trabalhando
sempre esse lado da comédia que é mais físico.” E a tua primeira encenação chamava-se Quando o Jantar Bate à Porta? “Sim,
fui substituir o Miguel Barros com o grupo de teatro da ESCS chamado Segundo a Circular, e trabalhei com eles
durante um ano. E o Bom Ladrão e o Como
Tornar-se num Fora da Lei de Sucesso? “O Fora da Lei era uma comédia física sem palavras, uma criação em
conjunto com o Nuno Machado, em que entrávamos os dois no espectáculo. E o Bom Ladrão é do Connor McPherson com uma concepção minha e apoio à parte física do
Vicente Morais, foram projectos muito especiais, nem que seja porque foram
feitos com o meu próprio dinheiro.”
O teatro das ideias
O
Pedro brilha mais quando fala com a palavra teatro e das pessoas com quem
trabalhou ou conheceu no teatro. Há
qualquer coisa especial para ti no teatro? “Eu, desde muito novo que gosto
de contar histórias, eu fazia banda desenhada, tinha esse apelo criativo e o teatro
dá essa oportunidade. A oportunidade de criares, de colocares em cena ideias
tuas, eu acho que foi a maneira de exercer a minha criatividade durante muitos
anos. Hoje em dia, eu procuro outras maneira de criar e de mostrar o meu
trabalho às pessoas, criando outras plataformas e outros meios de difundir
criações minhas, como é o tal canal de internet em que estou a trabalhar. Mas
durante muitos anos, o teatro era a forma que eu tinha, em televisão e em
cinema não és tu que decides, então o teatro é o teu refúgio, é o local onde a
maior parte dos actores podem controlar a sua criação.” Os actores voltam sempre ao teatro? “Hoje em dia já não, estão a
criar-se cada vez mais outros meios onde podes fazer o teu trabalho, como é o
caso da internet. Mas para mim o processo criativo é que é o mais interessante.”
E de onde te vêm as ideias? “Sei lá,
acho que vêm das experiências que tens, das conversas, das coisas que lês, do
que ouves.”
Bad Boy
Depois
de fazer dois espectáculos com nomes que incitam a ser Fora da Lei e um Bom Ladrão
tive de lhe perguntar se era ou queria ser um bad boy. Não tens nada de
bad boy? “Eu acho que não… gostaria muito de ter, mas acho que não. Não sei
que imagem as pessoas têm de mim ou não, porque é muito difícil perceber que
imagem é que as pessoas fazem de nós. Mas senti isso no “Bom Ladrão”, acho que
não foi um sucesso de público, porque também tentei rasgar a ideia que tinham
de mim com uma comunicação mais séria do projeto. Tentar que as pessoas tivessem a percepção que o projecto não era
de comédia, eu não queria enganar as pessoas, que podiam estar à espera de uma
comédia e depois não o era. Por isso
acho que não teve tanto público na altura porque as pessoas queriam continuar a
ver-me fazer comédia, acho.” A
honestidade artística preocupa-te? “Muito, quando faço alguma coisa,
preocupo-me em primeiro lugar se eu vou gostar de ver e depois logo a seguir se
as pessoas vão gostar de ver. Quero que as pessoas compreendam, que gostem, que
mexa com elas de alguma forma, tenho de ser honesto com aquilo que faço.
Tom Sawyer
Li
que esta personagem tinha a ver com o Pedro… “Eu comecei a ler muito cedo, a
minha família não me deu muito estímulo à leitura, para além dos livros do
Círculo de Leitores, que era sempre uma alegria quando chegavam, mas a
transição para os romances foi através do Tom
Sawyer. Foi o primeiro e adorei logo.” E
querias ser o Tom ou o Huckleberry? “Eu não sou um tipo muito aventureiro,
mas gosto mais do Tom porque ele faz
coisas de que eu não seria capaz, por isso gosto muito de ler, de ouvir, de me
ligar a pessoas que tenham essa capacidade. Como o realizador Gonçalo Luz, que
durante um período por ano dá aulas, e o resto do ano vai viajar. Ele tinha uma
produtora que estava a correr mal, largou isso e pegou nas coisas dele e foi
viajar. Adoro ler os textos dele no blog Vendio Sofá e Fui Viajar, saber que existem pessoas com esse espírito de
aventura...” Eras capaz de fazer isso?
“Eu? Sou um medroso, um mariquinhas… (E rimos os dois.)
Agora a TV
Em
1995, o Pedro estreou-se com a personagem Benjamim
na novela Primeiro Amor… “Eu estava a
trabalhar com a companhia dos Papa Léguas
nessa altura e fui ao Teatro da Comuna, onde conheci uma pessoa que estava a trabalhar lá e que me
disse que a NBP estava à procura de actores para um casting. Ela perguntou-me
se podia enviar o meu currículo e eu disse que sim, depois telefonaram-me para ir fazer o casting com a
Patrícia Tavares, o Armando Cortês e o Nicolau Breyner. Fiz o primeiro, o
segundo e ao terceiro o Armando Cortês descobriu os restos do meu sotaque
brasileiro que tive que trabalhar, mas fui escolhido. Fiz a novela, ainda fui
viver para Saragoça seis meses, e só depois é que estreou.” Conviveste bem com a cena de seres
reconhecido de um dia para o outro? “Hoje em dia já não me faz tanta
confusão mas na altura fazia um bocado, e é um bocado difícil não deixares que o
reconhecimento público te suba à cabeça, não embandeirares em arco, e não ires
abaixo quando isso acontece. Mas nunca tive problemas, é tudo tão pacífico.
Nunca tive carros vistosos, sempre tive carros em segunda mão e já me aconteceu
pararem num mercedes descapotável, com jovens lá dentro, ao meu lado e dizerem:
Olha o actor, e anda nesta porcaria? E arrancaram.” Mas nunca fizeste pausas? “Tenho tido muita sorte, tive um período
de três anos de contrato de exclusividade com a TVI, em que não podia fazer
mais nada, mas antes disso fiz projetos pontuais fora. Trabalhei na SIC, na
novela O Jogo, e na RTP em duas
séries. Tive sempre projetos pontuais entre produções da TVI, mas desde a
novela Jardins Proibidos, tem
trabalhado sempre com eles.” E sentes
diferença no teu trabalho desde esses tempos? “Engraçado, quando os vejo,
não gosto nada de me ver. Não tinha
noção de tempos, de o à vontade em frente às câmaras, a técnica toda. Eu
sei quando é que se deu o clik, num
episódio que fiz para a série Jornalistas,
e que foi a partir dali que eu percebi. A partir dali deixei de ter medo do
tempo, medo das pausas, antes eu tinha o pânico da câmara quando estava em cima
de mim, queria despachar logo o texto, como se fosse bola quente na tua mão
(Aqui o Pedro usou expressão e sotaque, adivinham de onde?), dizes o texto e
despachas. A partir dali deixei de ter medo dessas pausas, é como quando estás
com uma miúda que acabaste de conhecer e os silêncios são desconfortáveis, e
depois de a conheceres melhor, já não há problema, os silêncios já são coisas
boas. Em televisão é a mesma coisa, quando estás à vontade, tu aproveitas os
silêncios e consegues fazê-los interessantes.” E a evolução da ficção televisiva em Portugal, sentes diferença? “Qualquer
pessoa que olhe para a televisão consegue ver a diferença, tecnicamente e tudo,
a nível de imagem e realização. Agora com o I
Love It tentou-se fazer um tipo de realização diferente, inspirado nas
séries americanas com câmara ao ombro, décores de 360 graus, estão a tentar
inovar mas ainda é possível fazer melhor. Há é cada vez mais imposições a nível
orçamental que não deixam fazer como se gostaria. Por vezes querem fazer melhor
mas não conseguem com os orçamentos que têm, e isso é que está a impedir uma
evolução maior. Eles fazem comparações de audiências com qualquer tipo de
programa e não podes, nisso, comparar uma série com uma novela ou com o futebol,
tens de comparar entre iguais. Afunila-se tudo para uma única questão que é o
mercado, se houver um mercado grande, podes usar mais dinheiro e podes apostar
mais, mas se não tens também não apostas e não evoluis para um dia poder
alcançar esses mercados, é a tal pescadinha de rabo na boca. Só comparam
audiências, não comparam produtos, e acho que esse é o caminho, produzir uma
série mas não é para bater uma novela”
Casting nacional
O
Pedro deu a cara por um projeto da TVI Ficção com este nome sugestivo. O que era isso do casting nacional?
“Era um projeto muito engraçado que dava oportunidade a jovens actores, pouco
conhecidos, em que o objectivo era mostrar aos espectadores como funciona um
casting na Plural, e dar oportunidade a pessoas de mostrarem o seu trabalho.
Algumas dessas pessoas foram fazer castings para papéis específicos em
produções da Plural, aliás quem estava a dirigir os castings era o diretor de
casting da Plural, e queríamos fazer uma finalíssima mas infelizmente não foi
possível por questões, mais uma vez, orçamentais. Os canais cabo em Portugal em
produção só têm peanuts. Aquilo era
um programa de entretenimento e o formato foi desenvolvido em conjunto comigo,
em que tive a oportunidade de criar momentos de ficção dentro do programa.”
A Criação das Personagens
Agora
sim, o Pedro começou a falar daquilo que gosta mais, criar e desenvolver
personagens. “Eu consigo criar humor a partir da personalidade dos personagens,
eu quando escrevo penso em personagens e
na relação entre eles e é nisso que eu crio humor.” E como é que crias uma personagem? “O meu método é um método de
fora para dentro, eu não trabalho nenhuma emoção, não trabalho nenhuma memória,
nada, trabalho de fora para dentro. Começo com uma forma de andar, de falar,
uma postura, mas pensando em como a personagem é, mas nunca pensando em mim. Se
a personagem tem uma personalidade assim como é que isso afecta a sua forma de
andar, dele estar, dele falar? Depois ao trabalhar isso todos os dias, e a
novela tem isso de muito bom, essa forma de andar, de estar, de pensar, ao fim
de um mês já não sou eu. Houve o personagem, Miguel Ângelo, que compus para a novela Mundo Meu, que até tinha uma forma diferente de falar, e tem a ver
com isso de repetir todos os dias. Sobre o personagem eu reflito mais do que
observo, não quer dizer que não me inspire em pessoas que conheço, mas depois
aquilo evolui, são sempre pontos de partida e junta-se muito de outros lados.” Imaginas-te a fazer isto sempre? “Não.
O criar uma carreira em Portugal é uma coisa tão relativa, eu tenho todo o
gosto em trabalhar como actor sempre que me convidarem, imagino-me a trabalhar
nesta área, mas nem sempre como actor, pode ser como produtor… eu não entro em
stress a pensar nisso… já perdi o stress em relação a uma carreira.” Mas já tiveste? “Quando era novo
pensava que isto… até posso criar uma carreira aqui nesta área e pode ser uma
coisa bonita, não quer dizer que não tive momentos bons, mas carreira é uma
coisa que nem sequer penso nisso. Nem sei se tenho ou não, ou se vou ter.”
Deixa-me ai uma pergunta para a próxima
conversa…
Algo
que aches pertinente para um outro artista: Que lugar é que a tua profissão
ocupa na tua vida? É curioso que quando somos jovens a nossa profissão é tudo
na nossa vida, e depois descobrimos que há coisas muito mais importantes… Boa
pergunta, pensei na altura mas não disse, escrevo agora e digo-lhe depois.
Onde podemos ver o Pedro Górgia?
Nas
dezenas de video-homenagens que tem no youtube, em semáforos ao volante do seu
carro em segunda mão, nas repetições que o Casting Nacional tem tido na TVI
Ficção e num novo canal internet de humor a estrear lá para Setembro.
Observação:
A
entrevista foi realizada no Café A Luz Ideal, na estrada da luz, com a minha
bicicleta presa a um poste e o carro do Pedro estacionado em segunda fila. Acham?
O Pedro Górgia nunca estacionaria o seu carro em segunda fila :P
Esta entrevista foi realizada a 27 de Maio
de 2014, foto de David Pádua
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